A maioria das vítimas de trauma sente dor.
A dor aguda pode afetar a função respiratória, aumentar a demanda metabólica, prejudicar a cicatrização de ferimentos, suprimir a imunidade e reduzir a mobilidade.
O manejo inadequado da dor aguda após o trauma, posterga o retorno ao trabalho, diminui a qualidade de vida e aumenta o risco de transtorno do estresse pós-traumático.
A dor aguda mal gerenciada também aumenta o risco de desenvolvimento de dor crônica. Quase dois terços dos pacientes relatam dor moderada até 12 meses após a lesão e três em cada quatro relatam interferência da dor nas atividades da vida diária, como envolvimento social, trabalho e comprometimento das funções cognitivas e emocionais.
A dor está associada a diminuição do auto cuidado e ao aumento do risco de depressão. Esse efeito pode ser mais pronunciado após o trauma, porque os eventos traumáticos causam sofrimento que pode exacerbar a dor, desencadeando um ciclo de trauma-dor-sofrimento.
Neste sentido, o Colégio Americano de Cirurgiões e a Sociedade Americana de Anestesiologia, elaboraram uma diretriz para o manejo da dor secundária ao trauma, com o objetivo de orientar a conduta assistencial.